Imprudência é principal causa de acidentes de trânsito no Brasil
Não respeito às regras e falta de atenção são responsáveis por 53% dos acidentes no País
Fonte: mobilidade.estadao.com.br
Os acidentes no trânsito, principalmente em rodovias federais, têm números altos no Brasil. Um estudo realizado pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação mostrou que em 53,7% dos acidentes a causa é a imprudência dos motoristas. Destes, 30,3% ocorrem por infração das leis de trânsito, enquanto 23,4% indicam falta de atenção do condutor. A “falha humana”, portanto, é a principal causa dos acidentes nas estradas e ruas brasileiras.
A taxa de desrespeito às regras no trânsito indica, em números brutos, 23 mil mortes entre 2007 e 2016. Além disso, a falta de atenção causou 15 mil vítimas fatais e deixou 276 mil feridos no mesmo período.
Principais causas de acidentes
Existem outros fatores que devem ser considerados nessa situação. De acordo com a Associação de Entidades Oficiais da Reparação de Veículos do Brasil (Sindirepa), as falhas mecânicas podem contribuir com os acidentes. Pesquisas mostraram que 47% dos automóveis envolvidos em acidentes apresentaram algum tipo de problema.
Ainda há o fato de as rodovias federais não oferecerem condições ideais em toda sua extensão, o que inclui buracos na pista, má sinalização ou falta dela etc. Outros comportamentos, como falta de atenção, velocidade excessiva, ultrapassagem indevida e embriaguez, estão no topo da lista dos maiores causadores de mortes no trânsito. De acordo com dados do Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro, entre 2007 e 2018 foram registradas 19.611 mortes por falta de atenção; 10.713 por excesso de velocidade; 7.103 por ultrapassagem indevida; e 4.512 por embriaguez.
A educação no trânsito é mais que importante
De acordo com Flávio Freitas, da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), se as regras de trânsito fossem respeitadas, seria possível reduzir os acidentes. Atitudes simples já ajudariam, como usar o cinto de segurança, controlar a velocidade e ter maior atenção ao dirigir.
Freitas defende que a qualidade na formação dos motoristas no Brasil é baixa: “Fizemos um estudo de como são formados nossos motoristas e chegamos à conclusão de que não temos uma formação, mas sim de que somos adestrados a tirar a habilitação. Decoramos placas de trânsito sem saber que atitude devemos ter diante dessa sinalização. Outra coisa que notamos é que não havia nenhum vínculo entre a aula teórica e a prática”.
Fontes: Ministério da Infraestrutura; Atlas de acidentalidade no transporte brasileiro