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18 DE MAIO – DIA NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL

18 DE MAIO – DIA NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL

O dia 18 de maio (quinta-feira) marca o Dia Nacional da Luta Antimanicomial.

A luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental ganhou impulso no Brasil na década de 1970, organizada por trabalhadoras e trabalhadores, em especial da saúde, movimentos sociais e sindicais e pessoas que passaram por internações psiquiátricas e seus familiares. Em 1987, durante encontro de trabalhadores da saúde mental, realizado em Bauru (SP), se definiu que haveria um dia nacional de lutas e se discutiu as bases de uma proposta de reforma no sistema psiquiátrico brasileiro. 

“O manicômio é expressão de uma estrutura presente nos diversos mecanismos de opressão desse tipo de sociedade. A opressão nas fábricas, nas instituições de adolescentes, nos cárceres, a discriminação contra negros, homossexuais, índios, mulheres”, caracteriza o Manifesto de Bauru, documento do evento de 1987, considerado um dos marcos fundantes da luta antimanicomial brasileira.

“Lutar pelos direitos dos doentes mentais significa incorporar-se à luta de todos os trabalhadores por seus direitos mínimos à saúde, justiça e melhores condições de vida”, defende o manifesto.

Os principais desafios do movimento são:

  • A relação ou articulação entre os diferentes atores, interesses e identidades.
  • A combinação de diferentes estratégias de organização e luta, rompendo com perspectivas maniqueístas que optam ou pela inserção institucional ou pela mobilização social.
  • A articulação com a política partidária e com os atores governamentais, tendo em vista transformar as representações sociais.
  • A articulação em forma de redes, a utilização da mídia, a realização de cursos e projetos de qualificação são, entre outros, importantes medidas neste sentido.
  • Além disso, problema também recorrente nos movimentos sociais de maneira geral, a questão do financiamento requer a discussão de como captar recursos para campanhas, encontros e realização de projetos, entre outros.
  • E, por último, a necessidade de estabelecer um processo de avaliação da ação coletiva, já que os rumos do movimento necessitam ser mais discutidos entre si, suas perspectivas e suas responsabilidades.

(Lüchmann, L.H.H. & Rodrigues, J – 2007)

O Movimento da Luta antimanicomial alcançou progressos formidáveis nesses 34 anos de existência. Apesar dos retrocessos recentes quanto ao corte de verba no SUS ao programa de saúde mental público, cada vez mais organizações lutam pela reformulação dos ideais do sistema psiquiátrico.

Fonte: blog.cenatcursos.com.br