
Morte do papa Francisco
Despedida abre dúvida sobre a eleição ou não de um sucessor como ele, que economizava nos hábitos e esbanjava na disposição de arejar o catolicismo.
“Caros irmãos e irmãs, boa Páscoa.” Não poderia haver nada mais simbólico, em momento fadado a fazer história, do que as últimas palavras do papa Francisco, em voz fraca e respiração entrecortada, em italiano, dita na missa de domingo, 20 de abril, na Praça São Pedro. Na manhã seguinte, menos de 24 horas depois, a Santa Sé anunciaria a morte de Jorge Mario Bergoglio, aos 88 anos. A causa foi um AVC, seguido de colapso cardiovascular. O pontífice se recuperava de uma dupla pneumonia e de sucessivas infecções respiratórias que o mantiveram durante 38 dias internado no Hospital Gemelli. Fragilizado, retornou ao quarto singelo da Casa Santa Marta, entre os muros do Vaticano. Coube ao camerlengo, o americano Kevin Joseph Farrell, na figura de chefe da Igreja no período de vacância, fazer o anúncio ao mundo, diante das câmeras de TV. “Às 7h35 desta manhã, o bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do pai. Toda a vida dele foi dedicada ao serviço do Senhor e da Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados.”
Fonte: veja.abril.com.br