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Aumento do feminicídio em Minas Gerais

Aumento do feminicídio em Minas Gerais

O feminicídio é o assassinato de mulheres por razões de gênero, representando a forma mais extrema de violência contra a mulher. Este crime é caracterizado pelo ódio, desprezo e desrespeito pela vida das mulheres e geralmente ocorre dentro de um contexto de violência doméstica ou relacionamentos abusivos. É fundamental que todos nós, como sociedade, nos unamos para combater essa violência.

O primeiro semestre de 2024 trouxe à tona dados alarmantes sobre a violência contra as mulheres no Brasil, especialmente em Minas Gerais. Segundo o Monitor de Feminicídios no Brasil (MFB), Uberlândia registrou o maior número de feminicídios consumados no estado. Uberlândia, com 7 feminicídios consumados e 3 tentados, lidera os tristes números de Minas Gerais, enquanto Belo Horizonte registrou 5 feminicídios consumados e 7 tentativas. Governador Valadares (4 consumados e 3 tentados) e Betim (4 consumados e 1 tentado) completam a lista das quatro cidades mineiras com mais incidências de feminicídio. Segundo o levantamento sobre Feminicídios do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Minas Gerais é o segundo Estado do país onde mais mulheres foram mortas por feminicídio em 2023. Tal violência, cresceu 18% em dois anos no Estado.

Os dados estão alarmantes e, mesmo diante dos fatos e estatísticas, o Governo Zema insiste em negligenciar as Forças de Segurança Pública de Minas Gerais, colocando em risco a segurança de toda a população mineira.

Embora o feminicídio seja desprezível, é importante compreender as causas subjacentes para ajudar a prevenir e combatê-lo. Embora a maioria das vítimas de feminicídio sejam mulheres, as principais causas são fatores culturais e sociais. Estes fatores abrangem a desigualdade de gênero, a discriminação, a opressão e a crença de que os homens têm superioridade sobre as mulheres.

O feminicídio pode ser dividido em três categorias: doméstico, institucional e comunitário. O feminicídio doméstico é quando um homem mata sua parceira ou ex-parceira, geralmente relacionado à violência doméstica. O feminicídio institucional ocorre quando as mulheres são assassinadas por causa de sua identidade de gênero ou orientação sexual, por exemplo, mulheres transgênero. O feminicídio comunitário é quando um homem mata uma mulher desconhecida, geralmente como parte de um ato de violência sexual.

Uma das principais causas do feminicídio é a desigualdade de gênero. A desigualdade de gênero está enraizada profundamente na cultura e na sociedade, criando um cenário onde a mulher é vista como inferior e dependente do homem. Esta crença leva os homens a pensar que eles têm o direito de controlar e agredir as mulheres e, em alguns casos, até mesmo matar. Outra causa importante é a discriminação de gênero.

A discriminação de gênero é comum em todas as culturas, com as mulheres sendo desfavorecidas por questões relacionadas ao estatuto social, à educação, à saúde e à segurança. Esta discriminação cria um cenário onde as mulheres são vistas como propriedade dos homens, tornando-as mais vulneráveis à violência. Outra causa do feminicídio é a opressão. As mulheres são frequentemente oprimidas por seus maridos, namorados ou outros homens, que exigem obediência e submissão.

Esta opressão cria um ambiente onde os homens sentem que podem agir com impunidade, o que aumenta o risco de violência e morte.

Fonte: jusbrasil.com.br/sindpolmg.org.br