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Mercado de tatuagem vai além da arte e cresce durante a crise

Mercado de tatuagem vai além da arte e cresce durante a crise

“Cerca de 60% da procura pelo estúdio é de coberturas ou reformas, o que indica que esse aumento é só estatístico, sem qualidade”, diz tatuador

Fonte: economia.ig.com.br

Ainda de acordo com o Sebrae, ao se considerar apenas Microempreendedores Individuais (MEI), o aumento é de 24,3% a mais do que o valor registrado em 1º de janeiro de 2016, quando passou de 9.151 para 11.380 negócios de tattoo e body piercing no País. E essa melhora no mercado refletiu no negócio de Renan Pires, que em março deste ano mudou da pequena sala de São Bernardo do Campo – Grande São Paulo, para um estúdio na capital paulista.

Antes, o empresário tatuava, em média, uma ou duas vezes por semana. Atualmente a atividade acontece praticamente todos os dias da semana. O dono do ‘Renan Pires Artwork Tattoo’ avalia que o mercado de tatuagem evoluiu muito nos últimos três anos por conta de diversos fatores, que vão desde a melhora da importação de produtos, até o número de empresas que desenvolvem materiais. Outro ponto ressaltado pelo empreendedor foi a regulamentação deste mercado e o controle obrigatório da qualidade de materiais – tintas, agulhas, etc. – pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O público

Em 2013 a revista Super Interessante realizou uma pesquisa com enfoque no perfil do tatuado. O estudo apurou que as mulheres representam 59,9% das pessoas com tatuagem no País. Em relação à idade, chegou-se à conclusão que as pessoas entre 19 e 25 anos correspondem a 48,2% dos tatuados, praticamente metade. 

O empresário observa também que a divulgação, sendo a forma como o estúdio se lança no mercado, também é fator determinante para o público que vai frequentar cada estabelecimento. Em seu caso, o perfil dos clientes varia de acordo com o estilo da arte que a pessoa busca.

Embora o aumento de estúdios seja positivo para contribuir na quebra de estigmas em relação à tatuagem, Pires lamenta o fato de que muitas pessoas têm entrado na área pelo dinheiro e não pela arte em si. “Cerca de 60% da procura pelo estúdio é de coberturas de trabalhos mal feitos ou reformas, o que indica que esse aumento é só estatístico, sem qualidade ou segurança alguma”, declara.