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CPI vê conexão entre denúncias sobre compra de vacinas e desvios nos hospitais no Rio

CPI vê conexão entre denúncias sobre compra de vacinas e desvios nos hospitais no Rio

Fonte: g1.globo.com

O comando da CPI da Covid passará a investigar nos próximos dias se nomes envolvidos em denúncias nas negociações de compra de vacinas pelo Ministério da Saúde se repetem em outras possíveis irregularidades no país, em especial nos hospitais federais no Rio.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), informou ao blog nesta sexta-feira (16) que solicitou o reforço técnico da comissão com mais um delegado da Polícia Federal, que será designado para acompanhar o tema.

Documentos que chegaram à CPI indicam que um dos intermediários da tentativa de venda de 400 milhões de doses fantasmas da AstraZeneca ao governo federal, o coronel da Aeronáutica Glaucio Octaviano Guerra, hoje na reserva, tinha empresas que atuavam em contratos com hospitais federais no Rio.

CPI da Covid: representante da Davati diz que foi alertado sobre comissionamento

Em depoimento nesta quinta à CPI, o representante de vendas da Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho, citou o coronel Guerra como alguém que atuava como porta-voz da Davati junto a pessoas que tinham acesso ao governo. Guerra também foi citado pelo cabo da PM Luiz Dominghetti.

Além de denúncias feitas pelo ex-governador do Rio Wilson Witzel, os senadores receberam documentos que levam à necessidade de mais investigações.

Guerra nega ser porta-voz

Em nota, Glaucio Octaviano Guerra afirmou que não tem vínculo empregatício nem contrato assinado com a Davati e que não é porta-voz da empresa.=

“Nunca recebi nenhuma remuneração da empresa por qualquer tipo de negociação ou serviço prestado”, afirmou.

Ele se disse amigo há dois anos de Herman Cardenas, dono da Davati, que tem sede nos Estados Unidos. Afirmou que apresentou Cristiano Carvalho a Cardenas em 25 de fevereiro deste ano, “compartilhando o telefone de um com o outro”.

Ele afirmou que eventualmente atua como tradutor para o empresário. “Por vezes, a pedido do Herman, atuo como tradutor nas ligações comerciais com pessoas que não dominam a língua inglesa”, disse.